O MELHOR DO MUNDO POSSÍVEL

A volte sorridi, a volte è più dura...

terça-feira, outubro 25, 2005

E por falar em Reininho...

Pois bem, por falar em Reininho (e GNR) no anterior post, eis que a Prova Oral (programa da Antena3 que passa todos os dias da semana às 19H) me brindou com uma excelente conversa (como geralmente é em todas as edições) com o vocalista dos GNR.

Tabus ? Nenhuns... Humor ? Bastante... Fuga às questões incómodas ? Sempre...

Um Reininho ao seu bom estilo. "Gingão", divertido, cheio de metáforas e com toda a carga futebolistíca que sempre apresenta...

Parabéns à Antena3 pelo programa e ao Reininho, que com 25 anos de estrada de GNR , continua em grande forma...

segunda-feira, outubro 24, 2005

Clã


Comprei o novo CD dos Clã (a minha banda portuguesa favorita, a par dos GNR do Reininho).
O CD é duplo e trata-se de um registo ao vivo dos melhores temas dos Clã e com a participação de vários artistas. Maria João, Manuel Cruz (esse mesmo, o ex-Ornatos), Adolfo Luxuria Canibal (é me impossível gostar deste senhor) e Arnaldo Antunes (artista brasileiro que é mais conhecido entre nós pelo projecto Tribalistas).
A maior estrela de todas acaba por ser a Manuela Azevedo. Que voz. Que presença em palco. Sempre que tenho oportunidade de assistir a um concerto dos Clã fico surpreendido com a capacidade vocal da Manuela. É simplesmente fabulosa.
Quanto ao CD em si tem os êxitos do costume: h2homem, dançar na corda bamba, conta-me histórias (dos Xutos), o sopro do coração e (...a minha melodia de eleição) problema de expressão.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Cavaco



Hoje foi apresentada a candidatura de Cavaco Silva à presidência da Republica.

Sou fan de Cavaco. Confesso.

Cresci sobre o jugo do “cavaquismo”. Com ele passei parte da minha infância e adolescência. Foram tempos de mudança e de forte crescimento para Portugal. Os fundos da CEE entraram em força em Portugal nessa altura e contribuíram para um enorme desenvolvimento. Não tinha consciência política na altura, mas sei como se vivia em Portugal. Como viviam os meus pais e avós, como viviam os pais dos meus amigos e sei que o sentimento é: “Estourou-se tanto dinheiro nessa altura, mas nunca se viveu tão bem em Portugal…”. Mais ou menos isso…

Portugal hoje está numa conjectura económico-social complicada. Não desenvolve. Não produz. As pessoas não acreditam nos partidos. Começam somente a acreditar nas pessoas. Algumas. Será o modelo presidencialista francês mais indicado do que o nosso do governo “tachista” constitucional? É que sinceramente, só mudam mesmo as cores e as caras…

O discurso de Cavaco foi prudente. Demarcou-se do seu partido, demarcou-se da crítica fácil a Soares e demarcou-se dos que desejam um regime mais presidencialista. Inteligente e eloquente. Como sempre nos habituou.

Confio em Cavaco. Acho que é um político sério, como também o é Manuel Alegre, e gostaria imenso que fossem os dois a uma segunda volta (em alternativa do Cavaco à primeira). São duas pessoas admiráveis. Um mais para as economias, outro para as letras., mas ambos brilhantes e que inspiram confiança.

Os dados estão lançados. O país espera avidamente pelas eleições. Que tudo corra pelo melhor.

Os pequenos ditadores

Esta semana, enquanto desfrutava do meu almoço na curtinha hora diária passava na tv uma notícia que me despertou a consciência.

“Saddam não reconhece o tribunal que o está a julgar” Era basicamente esse o mote da notícia. Imagens do ex-ditador iraquiano em tribunal e no exercício das suas funções (atrocidades) numa aldeia iraquiana compunham o resto da peça. Por momentos ignorei toda a carga mediática que os americanos usam nas imagens e limitei-me a focar a pessoa em si.

Saddam Hussein, iraquiano nascido em 28 de Abril de 1937, em Tikrit (160 km de Bagdad). Filho de camponeses passou uma infância pobre e nem chegou a conhecer o seu pai (morreu antes de seu nascimento).

Formado em direito na Universidade do Cairo (Egipto) e envolveu-se com a política desde cedo, filiando-se ao Partido Baath (nacionalista e socialista), além de tornar-se integrante de um clã cada vez mais influente no Exército. É eleito presidente do Iraque em 1979. Iniciou um “reinado” de terror no seu pais e teve conflitos armados pelo meio (Irão-Iraque, invasão do Kuwait…).

Caiu em 2003 e foi capturado pelos exércitos americanos confinado a um buraco onde vivia escondido desde a queda de Bagdad.

Ao vê-lo sentado naquela cadeira, vociferando contra o tribunal que o estava a julgar um só pensamento me atingiu. Saddam é um típico ditador arrogante, que mesmo depois da sua queda (com o “banho” de humildade que isso implica…) mantém a arrogância de um todo-poderoso que não percebe que o seu tempo passou. Á semelhança de Milosevic (a este ainda admiro o estilo desafiante do poder americano), Saddam acha-se acima da lei mas, à semelhança de Pinochet, nota-se um ar velho, abatido, cansado e doente. A idade bateu-lhe à porta. O poder que o alimentava desapareceu. É uma caricatura de si próprio e isso faz-me sentir bem. Faz sentir que ainda há justiça no Mundo. Que às vezes por linhas tortas (a invasão do Iraque sob o pretexto das armas de destruição massiva) se consegue escrever direito… Que todos os Saddams deste Mundo tenham o mesmo destino. Porque assim o merecem…

quarta-feira, outubro 19, 2005

Running to Stand Still


And so she woke up
Woke up from where she was
Lying still
Said I gotta do something
About where we're going

Step on a steam train
Step out of the driving rain, maybe
Run from the darkness in the night
Singing ha, ah la la la de day
Ah la la la de day
Ah la la de day

Sweet the sin
Bitter taste in my mouth
I see seven towers
But I only see one way out

You got to cry without weeping
Talk without speaking
Scream without raising your voice

You know I took the poison
From the poison stream
Then I floated out of here
Singing...ha la la la de day
Ha la la la de day
Ha la la de day

She runs through the streets
With her eyes painted red
Under black belly of cloud in the rain
In through a doorway she brings me
White gold and pearls stolen from the sea
She is raging
She is raging
And the storm blows up in her eyes
She will...

Suffer the needle chill
She's running to stand...

Still.

terça-feira, outubro 18, 2005

Ultra






Um Ultra (ou Ultrà) não é um simples adepto.

Um Ultra é aquele que movimenta e pensa sete dias em sete na sua equipa do coração.

Um Ultra é aquele que mete a sua paixão à frente de tudo, independentemente das consequências.

Um Ultra é aquele que aprendeu mais na estrada que nos livros e graças a essa empresa adquiriu um estilo de vida. Estilo como capacidade de distinguir-se. Vida como incapacidade para resignar-se.

Um Ultra é o que conhece a geografia de Portugal porque todos os 15 dias viaja atrás da sua equipa.

Um Ultra é aquele que segue sem tréguas sempre e em todo o lado as suas cores.

Um Ultra é aquele que ultrapassa kms e supera obstáculos, partindo de condomínios ou bairros.

Um Ultra é mais que roupa, palavras, moda e conhecimentos. É coração e paixão. Puros.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Roma... Cidade Eterna



"Que significa Roma para ti, Maximus ?"

"Vi grande parte do resto do Mundo. É brutal, cruel e obscuro. Roma é a luz"

Pensamento do dia...

"Todos nós temos 3 facetas: aquela que exibimos, aquela que pensamos que somos e aquela que efectivamente somos"

Alphonse Karr

Jornalista, Séc. XIX


A Odisseia de 14 anos...

Imaginem um sonho com 14 anos. Misturem com uma viagem de quase 24h e misturem tudo num dia inesquecível... Foi mais ou menos o que nos aconteceu...
Ir ao novo Dragão não tem a mesma carga "mística" que as velhinhas Antas. O estádio em si não é tão temível (o antigo "buraco" foi substituído por um estádio moderno e funcional) e a equipa anfitriã já teve melhores dias (ciclos do futebol...) no entanto é sempre uma deslocação complicada para um adepto do Benfica, especialmente (ou talvez não...) se integras uma claque organizada do clube. És claramente o alvo a abater numa cidade que respira ódio pelas "legiões" invasoras...
A viagem começou cedo. Perto das 12h já Santa Apolónia respirava uma azáfama que já não se nota muito nos dias de hoje (mais uma vez o progresso também atingiu as estações de caminhos de ferro e os "dias de glória" passaram para a nova e funcional Gare do Oriente...).
Muito vermelho vivo e muita esperança em cada olhar... Meus amigos, o sonho estava prestes a começar...
O comboio arrancou às 14h. A conversa nas carruagens era a do costume, jogos passados, sonhos desfeitos e o desejo de ver o clube pelo qual torcemos vencer. Pelo menos uma vez que seja... 14 anos já são muitos anos... E a memória do relato radiofónico de 28 de Abril de 1991 já era longe demais...
Depois de duas paragens pelo caminho para recolher mais pessoal, passámos finalmente a fronteira. Ou seja... o Douro.
A chegada deu-se sem qualquer problema. Passadas lentas revistas à porta do comboio lá o cortejo engrossou e começou a "marcha lenta" em direcção ao covil inimigo.
Uma imagem que não vou esquecer. Ao entrar em Contumil (bairro pelo qual tínhamos de passar antes do estádio) um "Andrade" olhava-nos. Com um corpo débil e um bigode farfalhudo ostentava uma t t-shirt: "Procuram-se Mouros". Uma imagem que vale mil palavras...
Chegada ao Estádio. As "bocas" do costume e as perguntas pelas mães de parte a parte. Tirando o arremesso de alguns objectos decorreu sem problemas. O aparato policial era enorme e apertado.
Entramos. O ódio agora estava bem definido. Uma fronteira à esquerda e à direita. Sector visitante cheio. Muita fé. Inicia-se o jogo com grande prestação coreográfica dos antagonistas. Passam os primeiros minutos e logo a primeira contrariedade. O novo ídolo da Luz cai por terra. Lesiona-se sozinho. Sai Miccoli entra Geovanni. O homem dos jogos grandes...
Intervalo, Tudo a zero.
Começa a segunda parte. Ambos os adeptos nervosos. O Benfica ataca para a "nossa" baliza. Centro da direita de Nelson e Nuno Gomes marca. E nem foi preciso "voar como o Jardel entre os centrais" como versava o Rui Veloso, foi de pés assentes no chão, de cabeça. Brilhante. Festa. Alegria e sonho. Eu chorei...
Continua o jogo. Passam 7 minutos. Geovanni (o homem dos jogos grandes...) centra, os defesas do Porto vacilam, a bola ressalta e ... Nuno... GOLO! 2-0.
Aposto que milhões relembraram o 28 de Abril. Nem me importei que o Simão falhasse aquele centro para o 0-3. O resultado que estava feito era...perfeito.
Apito final. A loucura invade as almas encarnadas... As palavras são poucas para descrever o que se sentia ali. Só estando presente...
Uma hora passou e saímos do estádio. Aparato policial e cortejo triunfal. Partida da Campanhã para uma viagem que esperávamos rápida e afinal...
Parámos em Espinho. Deixamos pessoal. Parámos em Coimbra. Deixámos pessoal. Parámos na Amieira... e não deixamos ninguém. Comboio avariado. Horas de espera que acompanharam uma viagem até ai lenta... Substituição da automotora e viagem a prosseguir pela Linha do Oeste. Amanhece e estamos parados há horas nas Caldas. Avançamos e paramos novamente na Malveira. 11h30 e estamos a chegar a Santa Apolónia...
Valeu a pena? Fazia tudo outra vez...

domingo, outubro 16, 2005

O início...

A ideia de um blog já me passara pela cabeça há diversos meses. O que faltava era um nome. Um nome que pudesse identificar facilmente o que eu queria escrever, exprimir e partilhar. O nome surge de um livro. Parece-me o ideal. Atitude sempre posítiva com o mundo que temos. Amizade, companheirismo, amor, felicidade, viajar, futebol, música e toda uma panóplia de ocasiões que procuram obter o "melhor do mundo possível..."

Enjoy...