O MELHOR DO MUNDO POSSÍVEL

A volte sorridi, a volte è più dura...

segunda-feira, agosto 14, 2006

O Polvo


Os polvos são moluscos marinhos da classe Cephalopoda e da ordem Octopoda, que significa "oito pés" - a sua característica principal é uma coroa de oito tentáculos com fortes ventosas dispostos à volta da boca. Como o resto dos cefalópodes, o polvo tem um corpo mole mas não tem esqueleto interno (como as lulas) nem externo (como o nautilus). Como meios de defesa, o polvo possui a capacidade de largar tinta, camuflagem (conseguida através dos cromatóforos) e autonomia dos seus tentáculos.

Todos os polvos são predadores e alimentam-se de peixes, crustáceos e invertebrados, que caçam com os tentáculos e matam com o bico ósseo. Para auxiliar a caça, os polvos desenvolveram visão binocular e olhos com estrutura semelhante à do órgão de visão do ser humano, que têm percepção de cor

A Praia

Desde que comecei a trabalhar, nos idos de 1999, que os meus verões tal como os conhecia, mudaram radicalmente.

Os 3 meses de férias de Verão encurtaram-se para uma ou duas semanas no máximo, e a quantidade enorme de férias que um estudante tem (mal ta que estuda, deixem-se de tangas...) passaram subtilmente a 22 dias úteis. Uma miséria...
Aliado ao facto de que constantes mudanças de emprego provocarem ausência de férias nesse ano, chego ao facto que desde 1999 que não tinha períodos de praia como qualquer mortal merece (talvez em 2001 tenha tido qualquer coisinha...)
Nesta última semana voltei a descobrir o prazer que a praia me dá. Todos os dias, aproveitando um menor fluxo de trabalho e o calor que vai fazendo, após o horário laboral (amo esta expressão profissional...) vou para a praia. Acho que há poucas sensações tão boas como um mergulho após 8h de e-mails, documentos, contabilizações, telefonemas, almoços rápidos, cafés em copos de plástico, etc etc...
Entretanto descobri uma nova praia. A Adraga em Sintra. É longe sim senhor, mas vale a pena. Como para mim valeria a pena umas horas de estrada para chegar ao Malhão em Vila Nova de Milfontes. São praias diferentes mas para mim são hoje em dia as minhas favoritas. O Malhão pelo areal imenso, pela dificuldade de acesso (logo menos gente...) e pelo aspecto selvagem que ainda vai conseguido ter. A Adraga pela paisagem de ilha grega, pelo sopé da montanha, pelas rochas que não atrapalham, pela areia fina, pelas ondas sempre fortes (praia sem ondas é como vida sem sal...) e pelo restaurante rústico e simpático da sua entrada. Pelo civismo dos cinzeiros de praia e pela brisa fresca "mas não demasiado" que nos varre no final do dia.
Quem se lembra dos problemas e das pessoas "más" quando mergulha em sítios assim? Venha de lá mais uma onda...

sexta-feira, agosto 11, 2006

Valerio Marchi


Em Junho de 2005 estive em Roma pela última vez.
Passei uns dias em casa do Andrea para assistir às duas mãos da final da Taça de Itália que opunha a Roma ao Inter.
Como o Andrea trabalhava aproveitei os dias para deambular pela cidade, tentar ver alguns locais que nunca tinha visto e fazer o meu exercício favorito na Cidade Eterna: andar pelas ruas e sentar-me nos Cafés.
Num desses dias dirigi-me à livraria do Valerio Marchi no típico "quartieri" de San Lorenzo. Pertíssimo da loja dos Boys Roma e de uma casa ocupada. A livraria estava fechada (o Andrea já me tinha avisado para a total displicência do Valerio para os horários) e esperei bastantes horas numa esplanada junto à mesma, que espero retornar em breve.
Quando o Valerio chegou trocamos algumas palavras e nem por um momento lamentei a espera. Nem o consegui criticar "entre dentes" por isso. Sociólogo de talento, falámos sobre o movimento ultras (o Valerio era elemento dos extintos CUCS Roma) e sub-culturas juvenis. Não foi mais de uma hora, mas por algum motivo não esqueci o pouco tempo que estive naquela livraria onde adquiri o que para mim é uma verdadeira bíblia (http://www.aguardiadiunafede.it).
Agradeci os momentos de atenção. Sai da loja e continuei a minha jornada.
Há uns meses atrás perguntei ao Andrea pela Livraria e ele disse-me que o Valerio tinha ido para a sua terra natal na Puglia e que a Livraria estava fechada.
Ontem descobri, ao perguntar pela mesma Livraria, que o Valerio tinha falecido há duas semanas. Foi daquelas pessoas que aparecem nas nossas vidas apenas o tempo suficiente para nunca mais nos esquecermos delas. Neste caso pelas boas razões. O escritor morreu, a obra continua a passar de boca em boca e de mão em mão.