O MELHOR DO MUNDO POSSÍVEL

A volte sorridi, a volte è più dura...

terça-feira, abril 24, 2007

A "Champions League"

A Champions League aproxima-se do fim e talvez pela primeira vez em largos anos não desejo especialmente que qualquer uma das equipas vença, mas analisando os 4 semi-finalistas quero exprimir os meus pontos positivos e negativos para desejar que vençam:

Chelsea

Positivo

- É a equipa do Mourinho, que desde que foi proscrito no Porto se tornou amado de todo o Portugal.

- É uma das equipas inglesas que simpatizei desde miúdo. Quando se arrastavam pela Premier e às vezes First Division.

- Eliminou o Porto

- Não tem espanhóis.

Negativo

- Representa o futebol moderno. Sem tirar nem por.

Liverpool

Positivo

- Fomos (Benfica) bastante bem recebidos o ano passado em Anfield.

- É um “outsider”

Negativo

- Nunca gostei do Liverpool

- Ganharam à Roma a final de 1984 ano em que nos deram um tareão na Luz (1-4).

- Está pejado de espanhóis.

Milan

Positivo

- O facto de ser Campeão Europeu no ano em que o Inter finalmente ganhou o Scudetto sem o auxílio da secretaria.

- O George Weah partiu a boca ao Jorge Costa quando jogava no Milan.

Negativo

- É o Milan. O da final de Viena. O dos golos do Simone.

- Já não têm o Rui Costa.

Manchester United

Positivo

- Ter sido na realidade a minha equipa desde miúdo em Inglaterra. Mesmo quando não ganhava nada.

- Ryan Giggs

Negativo

- A maneira como fomos tratados em Old Trafford.

- A goleada à Roma.

- O Cristiano Ronaldo.

O País dos Pequenos Salazar II

Como prometido, a Crónica do Miguel Sousa Tavares:

"A mim pouco me importa que alguns milhares de ignorantes se tenham servido da estação pública de televisão para decretarem a sua verdade de que Salazar foi o maior português de sempre. Vivo bem com os saudosismos idiotas — o que me faz espécie é a persistência do espírito salazarento. Que haja sempre quem se deleite em proibir e uma multidão que se conforme em obedecer, sem questionar a legitimidade das proibições. Dou-vos vários exemplos.

1. Subia a Álvares Cabral, em Lisboa, quando reparei que dezenas de carros, estacionados em espinha, estavam todos com as rodas bloqueadas pela nova polícia da EMEL. É verdade que, estacionados em espinha, as rodas da frente ocupam o passeio, o que é ilegal. Mas a rua tem passeios largos e desde sempre ali se estacionou assim, porque isso permite lugar para o dobro de carros, numa zona da cidade, de escritórios e habitação, onde, desde o Marquês até Campo de Ourique, não existe um único estacionamento público. Mas o que mais me indignou na cena foi a hipocrisia dela: para poderem levar avante a sua tarefa repressora sobre aqueles que precisam de ir trabalhar ou recolher a casa, duas carrinhas dos polícias municipais ocupavam uma das duas vias de circulação, contribuindo para afunilar o trânsito e cometendo aquilo que a nós seria punido como infracção grave. Mas eles, nas tintas: desde que descobriu este negócio das multas de cobrança imediata e valor acrescentado pelo preço de ladrões do desbloqueio das rodas, e desde que descobriu o dinheiro fácil que conseguia instalando radares para multar excessos de velocidade absurdos nas poucas ruas onde se pode circular sem ser a passo, a Câmara de Lisboa está radiante com a sua nova fonte de receitas. E os polícias da EMEL radiantes estão com este reforço dos seus vencimentos através da participação num negócio que é tão rentável que até justifica uma luta surda entre a Polícia Municipal e a PSP, que dantes tinha o monopólio da caça à multa.

Agora, em cada esquina da cidade, vejo polícias, até das ‘operações especiais’ da PSP, dedicados a perseguir automobilistas e olhando-nos com um ar feroz, como se fôssemos criminosos de alta perigosidade. Entretanto, e como está à vista de todos, Lisboa está uma vergonha pública, uma cidade sem planos nem ideias, sem limpeza nem dignidade, com uma vereação que se atola em sucessivos escândalos e querelas políticas de vão de escada. Nada funciona, menos o zelo de perseguir quem não tem defesa. Felizmente, não há o luar, mas há a luz: esta incrível luz de Lisboa, que eles não conseguem reprimir, nem bloquear, nem multar.

2. Não conheço desporto mais bonito do que a caça submarina. Tive anos a fio em que, durante as férias de Verão, que era a única altura em que podia praticar, chegava ao fim da época com não mais do que meia dúzia de peixes capturados. Mas deixara debaixo de água dezenas de horas de prazer, de deslumbramento, de terapia intensiva contra um ano inteiro de cansaços ou frustrações. Calculo que em Portugal todo o volume anual de capturas por mergulho ande à roda de qualquer coisa como 0,000001% de todo o peixe pescado. Mas também isso nos querem tirar: na Costa Azul, da Arrábida à Praia da Foz, toda a pesca submarina está interdita, e o mesmo se prepara para a Costa Vicentina e Litoral Alentejano. De caminho, vai sendo banida também — através de uma malha sinistra de burocracias, exigências, especificações, exames, qualificações e limitações de toda a ordem — a pesca desportiva em geral, a pesca de sobrevivência na costa, a partir de terra, e também a navegação de recreio das pequenas embarcações que servem de apoio à pesca desportiva ou apenas de divertimento.

“Com todo o orgulho”, o ministro do Ambiente foi pessoalmente apadrinhar o início da construção em massa no litoral alentejano e também deu o seu apoio a projectos industriais de aquacultura no litoral, de enorme dimensão e imenso impacto sobre os habitats marinhos. Mas um tipo querer mergulhar para apanhar um sargo ou um polvo, um tipo ocupar os seus tempos livres ou até querer complementar os seus fracos rendimentos em actividades de pesca artesanal, um tipo ir apanhar percebes às rochas de Vila do Bispo, isso é que não!

Estamos a caminho de ser um antigo país de marinheiros e pescadores onde a Marinha de Guerra, através da Polícia Marítima, tem a nobre missão de perseguir os que ainda sabem e gostam de navegar ou de pescar.

3. Para renovar a licença de uso e porte de arma de caça em terra (uma actividade já altamente regulamentada), são agora necessários desde 12 a 30 documentos — entre os quais documentos a fazer prova de que não se tem cadastro de condução sob álcool ou consumo de drogas. É também necessário pagar cerca de 400 euros e frequentar um curso para provar (ao fim de 10, 20 ou 30 anos a caçar) que se sabe mexer numa arma de caça. Mais interessante ainda, os ‘professores’ do curso são polícias da PSP, os quais, a menos que sejam caçadores também, percebem tanto de armas de caça como eu percebo de armas de guerra: ou seja, nada.

E, porque se entende que os caçadores são bêbados crónicos e criminosos armados em potência, tomou-se uma série de disposições, qual delas a mais inconstitucional, para os manter sob estreita vigilância e controlo. Assim, quando se deslocam de carro, com a arma desmontada dentro de um estojo, o gatilho tem de ir trancado a cadeado, não vá metade da arma disparar-se sozinha ou não vá algum assaltante roubar-nos a arma, mas delicadamente não nos exigir a chave do cadeado. Efeito prático disto: dar dinheiro a ganhar a quem fabrica e vende os cadeados ou então estragar uma caçada porque se perdeu a chave do cadeado.

Pior: um caçador (sem arma no carro) que seja apanhado a conduzir com excesso de álcool, para além das penalizações previstas no Código da Estrada, perde o direito a uso de arma de caça, ou seja, perde o direito a caçar, porque se presume que, quando for caçar, irá com excesso de álcool. Pela mesma ordem de presunção, gostava de saber porque ficam de fora outras actividades e profissões onde o excesso de álcool representa um perigo, igual ou maior: os polícias, para começar, os militares, os pilotos de avião, os médicos, os engenheiros, taxistas e motoristas de transportes públicos, os bombeiros, etc, etc.

É tudo? Não. Fique a saber que um caçador que, por exemplo, regresse de uma caçada com outros e venha a dormir no banco de trás do carro pode ser obrigado a soprar no balão e, se acusar mais de 0,5, também perde o direito a poder continuar a caçar. Leu bem: não é só o condutor, são também os passageiros do carro!

E, finalmente, esta pérola de suprema inspiração ditatorial. O legislador quer regular como é que um caçador deve conservar e guardar as armas em casa: dentro de um armário, de características especificadas na lei. Para se certificar que ele assim o faz, a lei conferiu à polícia poderes que lhe permitem, a qualquer hora, bater à porta de casa de um caçador, entrar sem mandado algum e ir vasculhar as suas armas. E não podia faltar: já que ali estão e as armas também, podem fazer ao caçador um teste de álcool na sua própria casa!

Para já, querem-nos proibir de fumar, de ir à pesca, de andar de barco, de poder caçar. De que se lembrarão a seguir estes ditadorzinhos disfarçados de legisladores politicamente correctos?"

segunda-feira, abril 23, 2007

O País dos Pequenos Salazar

Se há personalidade portuguesa do âmbito do comentário político/desportivo que eu admiro é o Miguel Sousa Tavares.
Apesar de ser, como disse, um comentador que une a promiscuidade politica e desportiva, como não lhe ligo patavina ao campo desportivo (apesar de eu achar que se fosse eu próprio a escrever acerca do meu clube seria tal e qual o Sousa Tavares), acho que politicamente e socialmente é uma personalidade com a qual não variavelmente tenho afinidade de opiniões. Como tal, e à semelhança do Ricardo Araújo Pereira na Visão, é a primeira coisa que leio no semanário Expresso.
Já ando há algumas semanas para escrever acerca alguma crónica do Miguel Sousa Tavares (especialmente quando o assunto é a OTA), no entanto a desta semana, e não versando assuntos para os quais sou sensível (pois não fumo, não caço, não faço pesca submarina e raramente estaciono o meu carro em Lisboa em dias de semana) o título e o sentido da prosa desta semana é realmente oportuna no sentido pessoal: “O país dos pequenos Salazar”.
Fala então o Sousa Tavares acerca de diversas situações em que os legisladores e eventuais “agentes reguladores do cumprimento da lei” (vulgo autoridades policiais nos seus papéis mais representativos: PSP ou GNR) aparecem como esses pequenos Salazares impondo a sua lei.
O primeiro caso é o estacionamento em Lisboa. O Miguel Sousa Tavares apresenta um caso em que uma “carrinha de bloqueadores” ocupa meia artéria lisboeta enquanto bloqueia e multa as viaturas. Afunila o trânsito e provoca o caos. O segundo caso é a proibição de pesca submarina na Arrábida e possível extensão à Costa Vicentina. Eu nunca pratiquei pesca submarina (e já não me lembro há quantos anos lancei a cana pela última vez ao mar ou rio para apanhar provavelmente uma tainha) mas não deixo de concordar com o Sousa Tavares. Em vez de se restringir as leis da apanha com malhas ilegais que, essas sim, prejudicam em grande escala a aquacultura nacional, os legisladores vão restringir a caça submarina… Será que os “caçadores submarinos” apanham assim tanto pescado ?
Finalmente o terceiro exemplo e sobre o assunto ao qual sou mais “estranho”. Nunca simpatizei com caça, caçadores e caçadas. Acho um desporto bárbaro. Mas mesmo com esta ressalva não consigo deixar de simpatizar com a opinião do Sousa Tavares.
Parece que segundo as novas leis uma pessoa que queira renovar a licença de arma de caça são necessárias algumas dezenas de documentos (o mínimo ao que parece são 12), um dos quais é uma prova de cadastro limpo em relação à condução sob o efeito de alcool ou drogas. Uma outra imposição é um curso de 400€ para se provar que se sabe usar as armas. Esse curso é ministrado pela PSP. O MST pergunta (e a meu ver…bem) qual as capacidades de caça dos agentes ou oficiais da PSP que ministram este curso? Provavelmente a mesma que os caçadores têm para o disparo de armas de guerra.
Sousa Tavares versa também (e a meu ver… bem) que já que para renovar a licença de caça é necessário cadastro limpo de condução com álcool (já estou a ver o slogan: Se caçar não conduza) porque é que não alargam essas imposições a médicos, polícias, bombeiros, pilotos, militares, taxistas e condutores de transportes públicos?
Não lhe posso deixar de dar razão.
Na minha Curva hoje em dia é imposto um vasto número de medidas restritivas, escudadas numa lei ambígua que na realidade ou “praxis” só é aplicada quando ao “agente regulador do cumprimento da lei” lhe dá na real gana. Como agora. Somos proibidos de tudo e mais alguma coisa sem razão aparente. E mais. A proibição não nos é justificada pelos representantes mais próximos desses “agentes reguladores do cumprimento da lei” que se limitam a encolher os ombros e a escudar as suas legítimas opiniões num silêncio cobarde e revoltante para todos os quantos lutam, criam e produzem ao longo de semanas uma ideologia que nada tem de violenta e perigosa, mas apenas visa o puro apoio e a cor. A cor de um espectáculo que, ao contrário do que dizem os “paineleiros” desportivos deste pais, não tem mesmo nada de mal. A não ser uma pequena irreverência e um comportamento não-alinhado que tentam castrar… Como Salazar. No fundo, é o melhor português não é?

PS: Caso o Expresso coloque on-line, prometo passar toda a crónica do Sousa Tavares aqui para o Blog. Vale mesmo a pena.

quinta-feira, abril 19, 2007

Messi ? O Poborsky argentino...

terça-feira, abril 17, 2007

Escutas Telefónicas

E a nivel de badalhocas ?

Novas Fronteiras...Novas Oportunidades

segunda-feira, abril 16, 2007

Parabéns ao Papa

O Papa Ratzinger faz anos. 80. Parabéns ao Papa.
E parabéns também a todos os que trabalham no Vaticano. Receberam 500€ de prenda do Papa.É uma forma de festejar o aniversário papal e o fim da fome no mundo.

sexta-feira, abril 13, 2007

Poema Socrático

O Churchil não tinha canudo
O John Major também não.
O Jerónimo de Sousa é metalúrgico
O Zé Socas é aldrabão.

Se queres fazer uma casa
Um arquitecto deves procurar
Se queres construir um palheiro
Com o Socas podes tratar

Queixava-se o povo do Santana
Achava-o maluco e incompetente
Agora apanhamos o Socas
Que "tirou o curso" na Independente

Anda um gajo a queimar as pestanas
Anos a fio no ensino estatal
O Zé Socas que é um gajo ocupado
Fez tudo numa manhã dominical...


A bem da nação...

Num dia negro...


Confesso que o dia de ontem (pois já passa da meia noite) não foi dos melhores dos meus últimos tempos, mas chego a casa e há algo que me surpreende, agrada e me faz sorrir... Um simples poste em Manchester...

Daje rega !!!!

quarta-feira, abril 11, 2007

É só saude...

domingo, abril 08, 2007

Feliz Páscoa

300

Confesso que sou um leigo em matéria de BD. Consumo apenas os "míticos" Lucky Luke e Asterix, com uma "perninha" de Corto Maltese e pouco mais.
Frank Miller (para muitos o melhor autor de BD) era um total desconhecido para mim até que surgiu o "Sin City" e este "300".
Não tive hipótese de ir ver o "Sin City", mas este "300" desde que surgiu nas salas de cinema que me despertou vontade de ir assistir. Aconteceu ontem, e rapidamente ultrapassei o cepticismo que me assombrava dado nunca ter visto uma obra de BD transposta para o cinema.

O filme é um épico. Não é um “Gladiator” mas ultrapassa um “Troy”. Baseia-se na história da batalha de Thermopylae e na resistência de 300 guerreiros de Esparta comandados pelo rei Leonidas (Gerard Butler) contra a invasão do rei persa Xerxes (o brasileiro Rodrigo Santoro). Em linhas simples o filme não passa de uma batalha, mas transmite curiosidades históricas como a comparação da sociedade de Esparta com o resto da Grécia e a grandiosidade do império Persa da antiguidade.

A qualidade de imagem é brutal e a capacidade do realizador de reproduzir pequenos promenores (ao que consta, à imagem de Miller) é simplesmente genial.

“This is Sparta !!!” – vale a pena uma ida ao cinema.