Se há circunstância que a vida nunca nos prepara é para a morte.
A morte é sempre aquela situação para a qual não há solução. É o fim. É a última etapa daquela lenga-lenga que nos ensinam na primária acerca dos seres vivos que nascem, crescem, reproduzem-se e morrem (devem faltar uma ou duas parcelas da prosa mas a ideia é essa).
Ao longo da nossa existência lidamos com várias sensações mas nenhuma se aproxima com a perca de alguém muito próximo. Um pai, uma mãe, uma mulher, um filho, e no meu caso, uma avó. Por mais que estejamos à espera há sempre aquele momento fatal. Aquela chamada telefónica que no fundo já esperas mas que passadas horas ainda pensas que pode ser um “mau” sonho, um engano ou algo sem explicação.
Apetece-me escrever sobre isso, não por masoquismo, mas por necessidade. Necessidade de escrever sobre alguém que foi como uma mãe, alguém que me curou doenças, me deu conselhos, me fez almoços e jantares, me levou à escola, me acordava e me punha a roupa da cama a tapar o corpo. Fazendo ou não frio. Tendo eu 7 ou 27 anos.
Era a minha avó. Das pessoas que mais amava no mundo e que hoje partiu lá para cima.
Neste momento está a olhar para mim e para o meu avô…
Até breve vó… Amo-te