O MELHOR DO MUNDO POSSÍVEL

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quarta-feira, agosto 22, 2007

O Fernando, o Espanhol e os Burros

Tenho tentado evitar ao máximo escrever acerca de futebol aqui no blog, há algumas excepções mas a maioria dos temas e posts versam assuntos díspares. Talvez seja uma forma de não me saturar demasiado ou de não “bater na mesma tecla” que quase a maioria das pessoas que conheço que escrevem na blogosfera. Não sei explicar. Sei que acontece e isso chega-me.

No entanto desde que se deu como concluído a substituição do treinador Fernando Santos pelo José António Camacho no Benfica que queria escrever sobre isso. Não sobre o facto da substituição e das razões “técnico-futebolísticas” para tal. Mas por coisas mais profundas e a meu ver importantes. Isto porque até acho que o Fernando Santos necessitava (para seu bem e do clube) ser substituído. Mas já lá vamos…
Desde há uns anos para cá que a minha desilusão com o tipo pessoas que gravitam à volta do futebol das 4 linhas tem vindo a aumentar. O adepto consumidor / cliente desilude-me. Assim como a classe dirigente e a maioria da classe jornalística. Sinto-me atraiçoado por muitos jogadores que hoje beijam a minha camisola e amanhã a do clube rival, sempre com o mesmo tipo de desculpas do naipe de “ a carreira é curta” ou “sou um profissional”. Não acredito que o Simões, um Humberto Coelho ou um Vitor Paneira fossem empregados de escritório ou bate-chapas. Eram jogadores (profissionais) de futebol. E isso bastava. Hoje além dos jogadores “profissionais” tenho de aturar os “profissionais + modelos” e os “profissionais+actores” entre outras derivações. No entanto o futebol das 4 linhas ainda não me satura. Ao ponto de poder assistir num mesmo dia a 3 jogos da Premiership e a mais um da Super Taça Italiana. Overdose? Talvez. Mas é a minha.

Adiante…

Ontem assisti à entrevista do Fernando Santos na RTP N. E não me sentia assim em relação ao futebol desde que o Paulo Bento deu uma conferência de imprensa a anunciar o final da carreira em que desatou a chorar. Tive pena do Paulo Bento. Sempre foi um “profissional” que respeitei mesmo quando após a experiência espanhola escolheu o Sporting para acabar a carreira. O Fernando Santos deixou-me triste. Não com ele. Mas com o Benfica personificado no seu presidente. O Fernando Santos foi dar a cara pelo seu despedimento. O presidente do Benfica mandou “tiros para o ar” foi buscar o amigo espanhol e fez feliz milhares de parolos que com a chegada do D.Sebastião espanhol (ou do Sancho Pança como disse o Vasconcelos) acorreram a apoiar a mesma equipa que empatou no Bessa ou a mesma direcção que vendeu o Simão, deixou sair o Manel Fernandes e perdeu o Miccoli. A mesma direcção que “demitiu” o José Veiga e nomeou para a mesma posição o “presidente”. As mesmas pessoas que promovem a assistência ao treino do Benfica apenas a portadores de uma camisola que custa 60 euros. Mas os problemas do Benfica esgotam-se no Fernando Santos e nas declarações do Nuno Gomes (com uma coragem que nunca o Simão soube ter como capitão). Tudo está resolvido. Pois é Fernando e Nuno. Tenham “um bom treino para lutar contra a Canalha”. É ela que manda no Futebol das 4 linhas…