A semana passada “livrei-me” do meu companheiro de estrada dos últimos quase 6 anos. O meu “Corsa”. O meu mítico PU que desde 2000 me deu 193 000 kms de companhia.
A separação foi simples e rápida (troquei-o por um modelo mais recente) mas com o passar dos dias começo a reviver memórias relativamente à sua existência na minha vida e a história dele é talvez um pouco a minha.
O meu “PU” chegou ainda eu estava na PWC. Por pouco tempo, pois meses depois passei para a Lucent. Depois a PKF, a TIE e agora a Novabase.
Quando o “PU” chegou éramos 3 lá em casa. Agora apenas 2. Fez-me companhia no regresso a casa após essa notícia.
Acompanhou-me na minha primeira viagem a Itália (a primeira como deve de ser…) com o Manel Neves e na última com a Inês.
Quando eu recebi o “PU”, o Jorge ainda não tinha carta e chegou a viajar na caixa. O Manel Soares também não tinha (e continua na mesma… como em tudo), mas manteve sempre o seu lugar ao meu lado, só trocando por alguma namorada minha ou pelo Yoko dada a impossibilidade física que na única tentativa revelou a destruição da caixa de K7’s (ah… porque o “PU” não lia CD’s).
O “PU” estava ao meu lado quando tive o maior susto da minha vida com o carro da Ru a desaparecer numa nuvem de pó. Foi com a Ru
Acompanhou-me em viagens a Alverca a seguir o sonho de um “pequeno ultra” para tifos que eram tudo para mim. Acompanhou-me sempre que a Maf tinha um stress em casa e precisava de desabafar ou quando fiz viagens para o Algarve sozinho.
Levou-me a Chaves com a Ru numa viagem para ver clube que não era o meu. E conhecer pessoas que me eram desconhecidas. Hoje já não o são.
Viu nevar em Lisboa.
O “PU” fez a A1, a A8, a A2,a A5, a Ponte 25 de Abril e a Vasco da Gama vezes sem conta. Passou na Segunda Circular e no IC19. Aguentou a Europa do Sul e uma semana na Via Príncipe Eugénio. Ensinou-me que Pais Basco se diz Euskadi, Milão se diz Milano, Turim se diz Torino e Florença é na realidade Firenze. E que Roma é tudo. Obrigado “PU” e a vocês todos...