Odeio o Ódio

Portugal "acordou" (pelo menos nos mass media) para a problemática dos grupos organizados de extrema direita.

Esta semana foram alvo de reportagens, programas de opinião, capas de jornais, aberturas de telejornais e obviamente, da opinião pública.

Não são as suas convicções que me fazem escrever. Cada pessoa tem a sua e acho que a liberdade de cada individuo apenas termina quando começa a ameaçar a de outro. Essa até pode ser uma das características dos grupos extremistas(sendo de qualquer quadrante politico-ideológico-religioso-clubístico etc.), mas não é essa que mais me preocupa ou provoca repulsa.

Ultimamente tenho pensado um pouco nessa temática. Penso que uma pessoa que orienta a sua vida com um propósito baseado no "ódio" é uma pessoa vazia. Ponto final. O ódio pressupõe uma atitude negativa, triste e infeliz. Pressupõe pessoas que só estão bem com o mal das "outras" (as que odeiam). Pessoas que tudo fazem para prejudicar as "outras". Pessoas que invejam as "outras". Pessoas que acordam todas as manhãs e deitam-se todas as noites com um único fim. Praticar esse ódio. E quando a "vítima" do seu "ódio" morrer serão felizes ? Ou procuram outra "vítima" de forma a preencher as suas lacunas emocionais e afectivas ? As suas lacunas intelectuais ou mesmo de inteligência (nem que seja esperteza saloia) ?

Invejam, prejudicam, provocam o mal. São tristes. Infelizes e vazias. Por isso as abomino. Não odeio. Odeio o ódio.